Somos Livres?
- questão debatida no Pequeno Almoço Filosófico na Escola da Pedra com alunos dos 10º,11º e 12º anos.
Pequeno Almoço Filosófico na Escola da Pedra
Fase da Argumentação
Foi pedido aos alunos que elaborassem uma resposta curta (na forma de argumento) à pergunta inicial ( Somos Livres?).
Após um aceso debate onde se eliminaram algumas respostas por
1) não serem claras,
2) não serem pertinentes, ou
3) não serem um argumento
ficaram os seguintes argumentos:
“Não, pois existem leis que nos limitam.” (Gilson)
“Sim, porque temos liberdade de escolha.” (Telmo)
Fase da Conceptualização
O primeiro argumento foi definido como uma posição Legalista quanto à liberdade e o segundo como uma posição Liberalista.
Nota: Propositadamente deixou-se que os alunos procurassem chegar eles mesmos a um consenso quanto ao conceito a aplicar, exercitando dessa forma o pensamento criativo e conceptual (classificação de uma posição num conceito que a defina), por oposição à forma comum de ensinar filosofia em que os conceitos da tradição filosófica (determinismo, libertismo, compatibilismo, etc.) são servidos directamente aos alunos pelo professor.
Fase da Avaliação dos Argumentos
De seguida os autores dos argumentos ouviram as críticas dos colegas e contra-argumentaram em sua defesa.
Nesta fase notou-se, como é normal, uma excessiva vontade em defender a todo o custo a posição própria, muitas vezes sem sequer prestar atenção à crítica que lhes era feita directamente.
Este é um erro bastante comum que nasce da prioridade que damos nas nossas discussões quotidianas em vencer o outro retoricamente, por oposição ao acercamento conjunto da verdade, i.e. ao atingir com o outro uma maior compreensão sobre o assunto.
É este espírito de pesquisa conjunta que procuro transmitir nestas sessões de Filosofia Prática e Pensamento Crítico. No entanto ficou bastante claro que seriam necessárias mais algumas sessões para que esse espírito de análise crítica, desinteressada e impessoal (o espírito filosófico) realmente fosse aceite e incorporado pela turma.
No entanto muitos alunos mostraram um apurado sentido crítico assim como uma vontade e um gosto natural em discutir filosofia. Sentir os indícios do pensamento filosófico (corajoso, inconformado, arriscado) a querer despontar das cabeças de jovens como estes deixa-me sempre bastante emocionado e com vontade de continuar, no entanto o nosso tempo era limitado.
Fase da Síntese
Como síntese da sessão foi pedido aos alunos que escrevessem uma curta definição de liberdade. Estas definições seriam posteriormente aproveitadas pelo professor da cadeira de Filosofia para um aprofundamento do trabalho realizado nesta sessão.
Destaco uma definição de um aluno bastante participativo que certamente terá o condão de despoletar futuras discussões filosóficas na Escola da Pedra.
“A liberdade é a ponta do iceberg.” Gilson
Agradeço o convite à Dra. Maria João Riobom e à Dra. Mariana Cúria da Escola da Pedra, assim como os croissants no fim da sessão ao pessoal da cantina.
- questão debatida no Pequeno Almoço Filosófico na Escola da Pedra com alunos dos 10º,11º e 12º anos.
Pequeno Almoço Filosófico na Escola da Pedra
Fase da Argumentação
Foi pedido aos alunos que elaborassem uma resposta curta (na forma de argumento) à pergunta inicial ( Somos Livres?).
Após um aceso debate onde se eliminaram algumas respostas por
1) não serem claras,
2) não serem pertinentes, ou
3) não serem um argumento
ficaram os seguintes argumentos:
“Não, pois existem leis que nos limitam.” (Gilson)
“Sim, porque temos liberdade de escolha.” (Telmo)
Fase da Conceptualização
O primeiro argumento foi definido como uma posição Legalista quanto à liberdade e o segundo como uma posição Liberalista.
Nota: Propositadamente deixou-se que os alunos procurassem chegar eles mesmos a um consenso quanto ao conceito a aplicar, exercitando dessa forma o pensamento criativo e conceptual (classificação de uma posição num conceito que a defina), por oposição à forma comum de ensinar filosofia em que os conceitos da tradição filosófica (determinismo, libertismo, compatibilismo, etc.) são servidos directamente aos alunos pelo professor.
Fase da Avaliação dos Argumentos
De seguida os autores dos argumentos ouviram as críticas dos colegas e contra-argumentaram em sua defesa.
Nesta fase notou-se, como é normal, uma excessiva vontade em defender a todo o custo a posição própria, muitas vezes sem sequer prestar atenção à crítica que lhes era feita directamente.
Este é um erro bastante comum que nasce da prioridade que damos nas nossas discussões quotidianas em vencer o outro retoricamente, por oposição ao acercamento conjunto da verdade, i.e. ao atingir com o outro uma maior compreensão sobre o assunto.
É este espírito de pesquisa conjunta que procuro transmitir nestas sessões de Filosofia Prática e Pensamento Crítico. No entanto ficou bastante claro que seriam necessárias mais algumas sessões para que esse espírito de análise crítica, desinteressada e impessoal (o espírito filosófico) realmente fosse aceite e incorporado pela turma.
No entanto muitos alunos mostraram um apurado sentido crítico assim como uma vontade e um gosto natural em discutir filosofia. Sentir os indícios do pensamento filosófico (corajoso, inconformado, arriscado) a querer despontar das cabeças de jovens como estes deixa-me sempre bastante emocionado e com vontade de continuar, no entanto o nosso tempo era limitado.
Fase da Síntese
Como síntese da sessão foi pedido aos alunos que escrevessem uma curta definição de liberdade. Estas definições seriam posteriormente aproveitadas pelo professor da cadeira de Filosofia para um aprofundamento do trabalho realizado nesta sessão.
Destaco uma definição de um aluno bastante participativo que certamente terá o condão de despoletar futuras discussões filosóficas na Escola da Pedra.
“A liberdade é a ponta do iceberg.” Gilson
Agradeço o convite à Dra. Maria João Riobom e à Dra. Mariana Cúria da Escola da Pedra, assim como os croissants no fim da sessão ao pessoal da cantina.
Sem comentários:
Enviar um comentário